Diário do Mercado na 2ª feira, 17.12.2018
Temores ante dinâmica de crescimento global derrubam bolsas
Comentário.
Em compasso de espera com a decisão e sinalizações do Fomc nesta quarta-feira, houve queda generalizada nos mercados acionários pelo mundo, refletindo elevado e crescente temor com a desaceleração do crescimento global.
A inversão da curva norte-americana colocou um holofote sobre a possibilidade de recessão por lá, ao mesmo tempo que passaram a se difundir as revisões baixistas nas projeções de agentes de mercado, elevando a cautela sobre esta possível desaceleração.
Domesticamente, o Ibovespa encerrou com firme recuo (-1,2%), impactado pelo mau humor externo. Já o dólar caiu a R$ 3,8990 (-0,18%), em dia de enfraquecimento global da divisa, na mesma esteira, a curva de juros encerrou com ligeiro viés de baixa.
Ibovespa.
O principal índice doméstico ensaiou trajetória de alta pela manhã chegando a avançar +0,42% na máxima intradiária, mas o indicativo de queda dos mercados acionários de NY segurou e reverteu o desempenho do índice.
Apenas 12 dos 65 papéis do índice avançaram, com destaque para o setor de siderurgia e Embraer. Já na ponta oposta, Petrobras e o setor financeiro foram os principais responsáveis pela queda do índice.
O Ibovespa fechou aos 86.399 pts (-1,20%), acumulando -3,47% no mês, +13,09% no ano e +19,00% em 12 meses.
O giro financeiro preliminar da Bovespa foi de R$ 17,4 bilhões, sendo R$ 11,5 bilhões no mercado à vista e R$ 5,4 bilhões em opções sobre ações.
Capitais Externos na Bolsa
No dia 13 de dezembro (último dado disponível), houve retirada líquida de capital estrangeiro em R$ 48 milhões, diminuindo o saldo positivo de dezembro para R$ 777 milhões. No ano, o déficit aumentou para R$ 8,7 bilhões.
Agenda Econômica.
O IBC-Br avançou 0,02% em outubro, após ter recuado 0,16% em setembro, informou o Banco Central. No ano, o índice apresenta uma alta de 1,4%, e um crescimento de 1,54% em 12 meses, se comparado ao mesmo período do ano passado, o índice tem 2,99% de alta.
O IPC-S registrou uma queda de 0,03%, na segunda quadrissemana de dezembro, ante recuo de 0,06% da primeira medição do mês, segundo dados da FGV.
Câmbio e CDS.
A divisa norte americana encerrou em baixa, após três dias de alta. O dólar comercial (interbancário) findou cotado em R$ 3,8990 (-0,18%), acumulando uma alta de 1,06% no mês, e uma alta de 17,62% no ano e de 17,90% em 12 meses.
Risco País
O risco medido pelo CDS Brasil de 5 anos caiu de 206 pontos para 198 pontos.
Juros.
Os juros futuros passaram grande parte da sessão regular de hoje próximo da estabilidade, fechando com leve recuo de alguns contratos. O DI para janeiro de 2020 fechou em 6,60% de 6,59% da última sessão. O DI para janeiro de 2021 terminou em 7,47% ante 7,50%. O DI para janeiro de 2023 passou de 8,81% para 8,79%. O DI para janeiro de 2025 terminou próximo da estabilidade, variando de 9,44% para 9,45%.
Para a semana.
No Brasil: Ata do Copom, Relatório trimestral de Inflação, Caged, Arrecadação de impostos e IPCA-15.
Nos EUA: Dados do setor imobiliário, Decisão do Fomc e PIB.
França e Reino Unido: PIB.
Japão: Decisão BOJ.
Confira no anexo a íntegra do relatório de análise do comportamento do mercado na 2ª feira, 17.12.2018, elaborado por RICARDO VIEITES, CNPI, e HAMILTON ALVES, CNPI-T, ambos integrantes do BB Investimentos
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